segunda-feira, julho 26, 2004
Com PSL afinal não há que pensar em déficit!
O programa do anterior Governo estabelecia, como acção central, a fixação de limites aos compromissos financeiros e ao endividamento de todas as entidades do sector público administrativo, com o objectivo de limitar os efeitos sobre o défice do Estado.
No documento a ser discutido pelos deputados é referido apenas a necessidade de cumprir o princípio da "solidariedade recíproca", de modo a que todos os sectores da Administração Pública contribuam proporcionalmente para a estabilidade orçamental.
O congelamento de admissões na função pública é substituído pela ideia de serviço público de emprego.
Estou a ver que Jorge Sampaio estava certo! Demagogias à parte, agora sim, temos no poder um verdadeiro Governo social-democrata!!!...
VRC
domingo, julho 25, 2004
O Meu Regresso de Férias.
Hoje, menos de 24 horas depois de ter regressado, tenho de confessar que, do meu pensamento, já quase se me varreu a ideia de que as férias são um bem imprescindível e necessário.
E porquê?
Simplesmente porque, depois deste período, implícito que está um regresso com as "baterias" recarregadas, para se empreender algo de útil, cedo se verifica que isto é impossível; o país está de novo a arder e a cada canto e esquina só se ouve um maldizer-político generalizado, ao que me parece justificado.
Como conclusão: apetece-me escrever, ainda que "políticamente incorrecto", que afinal as férias seriam bem mais proveitosas, se pudessem ser convertidas em créditos educacionais ou de inteligência, passíveis de serem distríbuidos, sem qualquer taxa ou imposto, a todo e qualquer cidadão que desconheça que um país não se pode desenvolver sustentadamente à custa de "banhadas políticas"!...
VRC
Quem o viu, jamais o esquece!
Eu era um jovem que tinha a cantiga como uma arma! Ele era o mestre que me fazia calar, quando os seus dedos trilhavam as cordas da sua guitarra.
Para si VERDADE sempre rimou com LIBERDADE, tal como AMOR rimou com FULGOR.
Até sempre Mestre.
VRC
quinta-feira, julho 08, 2004
Amanhã será o dia do "juizo final"!
Em caso de dissolução do Parlamento e consequente convocação de eleições legislativas antecipadas, a reunião do Conselho de Estado é obrigatória, de acordo com a lei fundamental.
Nada impede, no entanto, que Jorge Sampaio ouça o Conselho de Estado ainda que opte por nomear um primeiro-ministro saído das fileiras do partido mais votado nas últimas legislativas, o PSD.
Finalmente, começo a ficar animado! Para mim, já não existem dúvidas de que PSL vai ficar a "chuchar no dedo"!...
VRC
As críticas de Freitas do Amaral a Durão Barroso.
Num artigo intitulado "Duas desilusões, uma esperança", Freitas do Amaral afirma que a sua primeira desilusão, gerada com a actual crise política, «foi a saída, a meio do mandato" de Durão Barroso, apesar de o cargo internacional (presidente da Comissão Europeia) que aceitou ser "muito honroso".
O histórico do CDS refere ainda que a saída de Durão Barroso em fase de "vacas magras e a meio de uma política de rigor e austeridade" é "uma fuga às dificuldades: ela tem o sabor amargo de uma deserção, frente ao inimigo económico-financeiro".
VRC
segunda-feira, julho 05, 2004
Foi festa a mais!
Dessa mobilização resultou um enorme apoio popular à nossa selecção.
Só que, quanto a nós, houve festa a mais, houve um ambiente estrondoso de expectativa vitoriosa, que infelizmente, não veio a confirmar-se.
E tudo isso criou, necessariamente, uma forte e natural pressão nos nossos jogadores, que se sentiram na obrigação de corresponder à euforia com que os rodearam.
E entraram no jogo da final com nervoso miudinho nos pés, o que levou a passes mal feitos, a não conseguirem mostrar em campo as suas qualidades, a não revelarem a estratégia, decerto, estudada anteriormente, a não encontrarem soluções para romper a forte e bem organizada defesa da equipa grega.
Nem sequer se viu a “garra” própria dos nossos jogadores, que cedo admitiram a superioridade do adversário.
E veio o golo, o golo fatal, em que, quanto a nós, o guarda-redes português teve parte da culpa, não estando no lugar em que devia estar!
Foi pena que a nossa selecção não tivesse aproveitado esta oportunidade para vencer o Euro 2004!
Deste campeonato, porém, merecem louvores a sua organização, o conhecimento que muitos milhares de estrangeiros tiveram do nosso país e da hospitalidade dos portugueses, o que, no futuro, pode dar bons frutos no turismo.
Portugal mostrou estar à altura da organização de grandes eventos desportivos.
E todos – foram muitos – que trabalharam nos “bastidores” para que tudo corresse bem merecem louvores.
Mas, francamente, as atitudes e histerismos colectivos e nacionalistas à volta da nossa selecção, em vez de a beneficiar, prejudicaram-na.
Foi, na verdade, festa a mais que deu ao mundo um belo espectáculo, mas nada mais do que isso.
Luís de Melo Biscaia
Advogado e ex-Secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional
domingo, julho 04, 2004
Citação.

Socrates (470 BC - 399 BC); Greek philosopher.
VRC
sexta-feira, julho 02, 2004
Pela boca morre o peixe!

Afinal, o tempo encarregou-se de levar Durão Barroso a tomar posição idêntica.
Mas, agora, fala-se de honra e prestígio para o primeiro-ministro e para Portugal!
Esquece-se, com facilidade, que o estado do país não está melhor, pelo contrário, do que estava quando Guterres saíu do governo.
Esquece-se, ou finge esquecer-se que, afinal, Durão Barroso vai para a presidência da Comissão Europeia para "remendar" as recusas de outros políticos para ocuparem tal lugar, como foi o caso dos primeiros – ministros Luxemburguês e Holandês.
Esquece-se que Durão Barroso vai ser um "joguete" nas mãos dos representantes dos responsáveis doutros Estados mais fortes pertencentes à União Europeia, pois não terá possibilidades nem talvez capacidade para orientar e praticar uma política de coesão, de igualdade, de imparcialidade e de solidariedade.
Esquece-se que Durão Barroso só servirá para ser um elo de ligação entre a Comunidade Europeia e a América do seu amigo Sr. Bush!
Esquece-se que Durão Barroso, com a sua saída, atirou o nosso país para uma grave crise política, pondo a sua ambição pessoal acima do interesse nacional.
Esquece-se também que Durão Barroso parece que andou a fingir desejar que António Vitorino ocupasse o lugar que ele próprio, afinal, tanto queria.
A "manobra" de lançar o nome de António Vitorino foi pensada com tempo! Ninguém nos convence de contrário!
Como aquele que se diz ser seu sucessor para a chefia do governo não oferece qualquer credibilidade política, que resta ao Presidente da República fazer?
Apenas e tão só marcar eleições legislativas antecipadas!
Com elas se clarificará a situação, a mais grave que o país tem atravessado.
Luís de Melo Biscaia
Advogado e ex-Secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional